segunda-feira, 9 de abril de 2012

Suzuki B-King tem corpo de naked e alma esportiva


O modelo de design radical está equipado com um motor de 184 cv de potência máxima e traz sistema de seleção para o modo de pilotagem

Radical em todos os sentidos. Assim podemos definir a Suzuki B-King GSX 1300, big naked que chegou ao Brasil em 2008. Amada por uns e incompreendida por outros motociclistas, a moto da marca japonesa é montada no Brasil e têm preço sugerido de R$ 52.900 (sem sistema de freios ABS). Suas principais concorrentes no mercado nacional são: Honda CB 1000R, Kawasaki Z 1000, MV Agusta Brutale 1090R e BMW K 1300 R.
A grande façanha da fábrica de Hamamatsu foi transformar uma moto-conceito — apresentada no Salão de Tóquio, em 2001 — em um modelo de série que ganhou as ruas apenas em 2007. Para testar suas qualidades, a equipe da INFOMOTO foi até o autódromo do ECPA (Esporte Clube Piracicabano de Automobilismo), em Piracicaba (SP).

Imponente, a moto chama a atenção pelo avantajado tanque de 16,5 litros, que oferece um bom encaixe para as pernas do piloto. Também traz piscas embutidos nas laterais, além das duas gigantescas saídas de escape sob o banco. Design à parte, outro grande diferencial da Suzuki B-King é o motor de quatro cilindros em linha e 1.340 cm³, que nada mais é que o propulsor “amansado” da Suzuki GSX 1300R Hayabusa, considerada uma das motos mais velozes do mundo.

Cavalaria de sobra
Com 16 válvulas, DOHC (duplo comando no cabeçote) refrigeração líquida, injeção eletrônica, dupla borboleta de aceleração e câmbio de seis velocidades, a B-King 1300 é capaz de produzir 184 cv de potência máxima a 9.500 rpm.
O propulsor também oferece um torque descomunal: 14,89 kgf.m a 7.200 rpm. Para controlar todo esse desempenho e obter máxima eficiência na combustão, a B-King traz um Módulo de Controle do Motor (ECM). Equipado com um poderoso processador de 32 bits e 1 GB de memória, essa eletrônica controla o Sistema de Dupla Válvula de Borboleta Suzuki (SDTV - Suzuki Dual Throttle Valve), reduzindo o consumo de combustível e entregando repostas mais precisas ao piloto.

Ou seja, alto desempenho e grandes doses de adrenalina, já que a moto foi pensada para pilotos experientes, com milhares de quilômetros rodados.


Seleção de modo de pilotagem
Para quem não tem tanta experiência assim, mas se apaixonou à primeira vista pela B-King, a marca nipônica adotou um sistema digital de seleção do modo de pilotagem – batizado pela Suzuki de Drive Mode Selector, S-DMS. Dessa forma, o piloto terá à sua disposição dois modos para curtir ao máximo o desempenho de sua motocicleta.
No modo “A”, potência total. Já no modo “B”, o motor terá sua cavalaria limitada e a entrega será feita de forma mais suave. Para o motociclista que usará a B-King para viajar, o modo “B” é o mais indicado, até porque, com garupa e bagagem, o ritmo da viagem é completamente diferente de uma viagem solo. Mesmo assim, a moto oferece potência e torque de sobra.
Rodando no autódromo do ECPA e utilizando o modo “A”, o desempenho da moto é assustador. Basta piscar o olho e abrir o acelerador com vontade que a moto chega facilmente a 200 km/h. Com assento individual, o piloto pode adotar uma postura mais racing, abusando dos pêndulos e “ralando” o joelho no chão.
Confortável, ágil e muito divertida, apesar de seus 235 kg (a seco), a B-King 1300 é, com certeza, uma das nakeds mais potentes do mundo. 

Ciclística
Na pista, para ancorar motor, suspensões e freios, a moto conta com um quadro de dupla trave em alumínio. Nas suspensões, a B-king 1300 traz garfo telescópico invertido (upside-down) com 120 mm de curso e ajustes de pré-carga da mola, retorno e compressão na dianteira. E um monoamortecedor fixado por links totalmente ajustáveis e com 137 mm de curso, ambos da marca Kayaba, na traseira.

Design radical, suspensão equilibrada e freios eficientes. A super naked de Hamamatsu conta com dois discos flutuantes de 310 mm de diâmetro na dianteira, mordidos por pinças radiais de quatro pistões da marca Nissin. Na roda traseira, disco de 265 mm, com pinça deslizante de um pistão. Acelerando forte na pista nota-se a precisão dos freios, só faltou adotar o sistema ABS, que equipa a versão produzida no exterior.

Painel de instrumentos
Seu farol, excêntrico, traz incorporado um painel de instrumentos com conta-giros de leitura analógica e velocímetro digital. O conjunto conta com velocímetro, indicador da marcha engatada, relógio, hodômetros total e parciais, velocidade média, nível de combustível, temperatura do motor, modo de seleção de pilotagem, tempo de pilotagem e intervalos de manutenção.
Para completar: temperatura do líquido de arrefecimento, pressão de óleo, neutro e uso do farol alto. A GSX1300 B-King está disponível nas cores preta, prata e branca.



AGÊNCIA INFOMOTO
TEXTO: Aldo Tizzani
FOTOS: Gustavo Epifânio

Ficha Técnica
Motor DOHC, 4 tempos, 4 cilindros em linha com 16 válvulas, DOHC, refrigeração líquida
Capacidade cúbica 1340 cm³
Potência máxima 184 cv a 9500 rpm
Torque máximo 14,89 kgf.m a 7.200 rpm
Diâmetro x Curso 81,0 x 65,0 mm
Alimentação Injeção Eletrônica de combustível
Taxa de Compressão 12,5:1
Sistema de Partida Elétrica
Capacidade do Tanque 16,5 litros
Câmbio 6 velocidades
Transmissão Final      Corrente
Quadro Dupla trave em alumínio
Suspensão Dianteira Telescópica invertida de amortecimento hidráulico, com 120 mm de curso, mola helicoidal, com ajuste da pré-carga da mola, ajustes de forças de retorno e compressão
Suspensão Traseira Balança articulada, tipo link de monoamortecimento hidráulico,com 137 mm de curso, mola helicoidal, com ajuste de pré-carga da mola, ajustes de forças de retorno e compressão


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