O modelo de design radical
está equipado com um motor de 184 cv de potência máxima e traz sistema de
seleção para o modo de pilotagem
Radical
em todos os sentidos. Assim podemos definir a Suzuki B-King GSX 1300, big naked
que chegou ao Brasil em 2008. Amada por uns e incompreendida por outros
motociclistas, a moto da marca japonesa é montada no Brasil e têm preço
sugerido de R$ 52.900 (sem sistema de freios ABS). Suas principais concorrentes
no mercado nacional são: Honda CB 1000R, Kawasaki Z 1000, MV Agusta Brutale 1090R e BMW K
1300 R.
A
grande façanha da fábrica de Hamamatsu foi transformar uma moto-conceito —
apresentada no Salão de Tóquio, em 2001 — em um modelo de série que ganhou as
ruas apenas em 2007. Para testar suas qualidades, a equipe da INFOMOTO foi até
o autódromo do ECPA (Esporte Clube Piracicabano de Automobilismo), em
Piracicaba (SP).
Imponente,
a moto chama a atenção pelo avantajado tanque de 16,5 litros , que
oferece um bom encaixe para as pernas do piloto. Também traz piscas embutidos
nas laterais, além das duas gigantescas saídas de escape sob o banco. Design à
parte, outro grande diferencial da Suzuki B-King é o motor de quatro cilindros
em linha e 1.340 cm³, que nada mais é que o propulsor “amansado” da Suzuki GSX
1300R Hayabusa, considerada uma das motos mais velozes do mundo.
Cavalaria de sobra
Com
16 válvulas, DOHC (duplo comando no cabeçote) refrigeração líquida, injeção
eletrônica, dupla borboleta de aceleração e câmbio de seis velocidades, a
B-King 1300 é capaz de produzir 184 cv de potência máxima a 9.500 rpm.
O
propulsor também oferece um torque descomunal: 14,89 kgf.m a 7.200 rpm. Para
controlar todo esse desempenho e obter máxima eficiência na combustão, a B-King
traz um Módulo de Controle do Motor (ECM). Equipado com um poderoso processador
de 32 bits e 1 GB de memória, essa eletrônica controla o Sistema de Dupla
Válvula de Borboleta Suzuki (SDTV - Suzuki Dual Throttle Valve), reduzindo o
consumo de combustível e entregando repostas mais precisas ao piloto.
Ou
seja, alto desempenho e grandes doses de adrenalina, já que a moto foi pensada para
pilotos experientes, com milhares de quilômetros rodados.
Seleção de modo de pilotagem
Para
quem não tem tanta experiência assim, mas se apaixonou à primeira vista pela
B-King, a marca nipônica adotou um sistema digital de seleção do modo de
pilotagem – batizado pela Suzuki de Drive Mode Selector, S-DMS. Dessa forma, o
piloto terá à sua disposição dois modos para curtir ao máximo o desempenho de
sua motocicleta.
No
modo “A”, potência total. Já no modo “B”, o motor terá sua cavalaria limitada e
a entrega será feita de forma mais suave. Para o motociclista que usará a
B-King para viajar, o modo “B” é o mais indicado, até porque, com garupa e
bagagem, o ritmo da viagem é completamente diferente de uma viagem solo. Mesmo
assim, a moto oferece potência e torque de sobra.
Rodando
no autódromo do ECPA e utilizando o modo “A”, o desempenho da moto é
assustador. Basta piscar o olho e abrir o acelerador com vontade que a moto
chega facilmente a 200 km/h .
Com assento individual, o piloto pode adotar uma postura mais racing, abusando dos pêndulos e
“ralando” o joelho no chão.
Confortável,
ágil e muito divertida, apesar de seus 235 kg (a seco), a B-King 1300 é, com certeza,
uma das nakeds mais potentes do mundo.
Ciclística
Na
pista, para ancorar motor, suspensões e freios, a moto conta com um quadro de
dupla trave em alumínio.
Nas suspensões, a B-king 1300 traz garfo telescópico
invertido (upside-down) com 120
mm de curso e ajustes de pré-carga da mola, retorno e
compressão na dianteira. E um monoamortecedor fixado por links totalmente
ajustáveis e com 137 mm
de curso, ambos da marca Kayaba, na traseira.
Design
radical, suspensão equilibrada e freios eficientes. A super naked de Hamamatsu
conta com dois discos flutuantes de 310 mm de diâmetro na dianteira, mordidos por
pinças radiais de quatro pistões da marca Nissin. Na roda traseira, disco de 265 mm , com pinça deslizante
de um pistão. Acelerando forte na pista nota-se a precisão dos freios, só
faltou adotar o sistema ABS, que equipa a versão produzida no exterior.
Painel de instrumentos
Seu
farol, excêntrico, traz incorporado um painel de instrumentos com conta-giros
de leitura analógica e velocímetro digital. O conjunto conta com velocímetro,
indicador da marcha engatada, relógio, hodômetros total e parciais, velocidade
média, nível de combustível, temperatura do motor, modo de seleção de
pilotagem, tempo de pilotagem e intervalos de manutenção.
Para
completar: temperatura do líquido de arrefecimento, pressão de óleo, neutro e
uso do farol alto. A GSX1300 B-King está disponível nas cores preta, prata e
branca.
AGÊNCIA INFOMOTO
TEXTO: Aldo Tizzani
FOTOS: Gustavo Epifânio
AGÊNCIA INFOMOTO
TEXTO: Aldo Tizzani
FOTOS: Gustavo Epifânio
Ficha Técnica
Motor
DOHC, 4 tempos, 4 cilindros em linha com 16 válvulas, DOHC, refrigeração
líquida
Capacidade
cúbica 1340 cm³
Potência
máxima 184 cv a 9500 rpm
Torque
máximo 14,89 kgf.m a 7.200 rpm
Diâmetro
x Curso 81,0 x 65,0 mm
Alimentação
Injeção Eletrônica de combustível
Taxa
de Compressão 12,5:1
Sistema
de Partida Elétrica
Capacidade
do Tanque 16,5 litros
Câmbio
6 velocidades
Transmissão
Final Corrente
Quadro
Dupla trave em alumínio
Suspensão
Dianteira Telescópica invertida de amortecimento hidráulico, com 120 mm de curso, mola
helicoidal, com ajuste da pré-carga da mola, ajustes de forças de retorno e
compressão
Suspensão
Traseira Balança articulada, tipo link de monoamortecimento hidráulico,com 137 mm de curso, mola
helicoidal, com ajuste de pré-carga da mola, ajustes de forças de retorno e
compressão
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